Nada mais tradicional para celebrar o São João que um bom e saboroso licor artesanal. Muito apreciada pelos baianos, a bebida que existe desde o século XIII é uma das fonte de renda de moradores de municípios do Recôncavo que preservam essa tradição. E já no mês de abril, pequenas fábricas familiares começam a se preparar para o período junino, aumentando a mão de obra e produção.
Em Cachoeira, a mais conhecida é a Fábrica de Licor Roque Pinto, que há quase 100 anos faz parte de uma tradição passada de pai para filho. “A produção teve início com meu avô, mas foi meu pai que aos 18 anos começou a comercializar e divulgar a bebida aqui em Cachoeira, principalmente com os turistas”, revela Roseval Ferreira Pinto, mais conhecido como Rose Pinto, produtor e administrador da fábrica.
Ele explica que trabalhou com o pai, já falecido, desde os 15 anos. Junto com seus 8 irmãos, Rose chega a comercializar 20 mil litros de licor por ano, mas conta que é o período junino que mantém a fábrica lucrativa. “Nós abrimos a loja o ano todo, mas o que nos sustenta mesmo é a venda do São João. É o que nos alimenta no período da entressafra”.
Nos meses que antecedem as festas juninas, Rose aumenta o quadro de funcionários. “Durante maior parte do ano, trabalhamos apenas entre irmãos, mas entre maio e junho contratamos de 10 a 15 pessoas para dar conta da demanda”, explica. Ele conta ainda que produz cerca de 25 sabores, mas no período de festejos seu carro chefe é o licor de jenipapo, tido como o mais tradicional. O litro mais barato sai por R$6 e o mais custoso é o de jabuticaba, vendido por R$10. Para saber todos os sabores e outras curiosidades da bebida, acesse:www.portalaponte.com/licorroquepinto
Informações: iBahia.com / Fotos: Portal A Ponte